PET/CT

O que é Imagem Molecular?

Imagem molecular (IM) pode ser definida como a visualização não invasiva dos efeitos das alterações de processos biológicos moleculares em seres vivos. A imagem molecular baseia-se em diferentes técnicas de imagem, as quais utilizam específicos marcadores moleculares como fonte de contraste para a criação da imagem. Esses princípios básicos de imagem se diferenciam da clássica visualização seccional das imagens da radiologia (por exemplo, tomografia computadorizada, ressonância magnética) que visualizam as alterações morfológicas de uma determinada patologia. Assim, o paradigma de diagnóstico das doenças, através da imagem, está sendo modificado de uma esfera morfológica, não específica, para uma esfera molecular, específica, de uma determinada patologia.

O que é o PET/CT?

O PET/CT é um equipamento híbrido que possui a tomografia por emissão de pósitrons (PET) acoplada à tomografia computadorizada (CT). O PET é um equipamento dedicado ao estudo de traçadores moleculares marcados com emissores de pósitron (Ex. 18F, 11C, 15O). Um pósitron (ou elétron positivo) interage rapidamente com um elétron (negativo) ocorrendo uma aniquilação mutua e liberação de dois raios gama diametralmente opostos de 511 KeV de energia. Estes são detectados por cristais de cintilação presentes no PET.

Os estudos moleculares com PET possuem alta sensibilidade/especificidade na detecção de patologias oncológicas, cerebrais e cardiológicas. A CT, a qual foi incorporada a essa tecnologia, é utilizada basicamente para a correção de atenuação dos órgãos adjacentes ao local de interesse do estudo e para auxiliar a localização precisa das alterações moleculares identificadas pelo PET. Entretanto, a CT do PET/CT pode ser utilizada independentemente para a realização de exames de tomografia em alta resolução anatômica.

Por que utilizar a glicose radiomarcada (ou 18F-FDG)?

Nos últimos anos, pesquisadores têm se dedicado ao desenvolvimento de novos traçadores moleculares para as mais diversas patologias que acometem o ser humano. Dentre os diversos traçadores existentes, o 18F-FDG é o mais extensivamente utilizado nos estudos de imagem molecular com PET/CT. O 18F-FDG é um análogo da glicose (fluorodeoxiglicose – FDG) marcado com isótopo emissor de pósitron (18F). O 18F-FDG é incorporado em todas as células do organismo humano e sua incorporação está diretamente relacionada ao consumo da glicose plasmática. Em se tratando de patologias oncológicas, as células tumorais malignas consomem maior quantidade de 18F-FDG comparado aos tecidos normais adjacentes. Dessa forma, o 18F-FDG facilita o diagnóstico de lesões suspeitas com grande especifidade. Assim, o 18F-FDG pode ser utilizado no diagnóstico, na avaliação de tratamento, no acompanhamento dos pacientes oncológicos, na avaliação de recidiva da doença e no planejamento da terapia (quimioterapia e/ou radioterapia). Em oncologia, estas aplicações têm demonstrado significativa redução nos custos às entidades provedoras dos seguros de saúde (público e/ou privada), pois consegue os achados antecipando-se às alterações morfológicas da CT evitando número excessivo de exames radiológicos, além de reduzir significativa a dose de radiação aos pacientes oncológicos (cuidado que vem sendo muito avaliado pelas agências reguladoras nacionais e internacionais).

Com relação às patologias neurológicas, as alterações degenerativas (ex. Alzheimer) e as psiquiátricas (ex. Depressão) apresentam distúrbios no consumo de glicose cerebral que podem ser visualizados com os estudos de PET/CT antes mesmo das alterações morfológicas evidenciadas à ressonância magnética (atualmente a melhor técnica diagnóstica de imagem utilizada nesses casos). Outra área de utilização do 18F-FDG concentra-se na cardiologia (ex. avaliação de miocárdio viável). As informações advindas através do exame de imagem molecular com PET/CT irão subsidiar a indicação de revascularização do miocárdio (procedimento médico de altíssimo custo e com grande morbidade quando não bem indicado) nos pacientes com déficit da função contrátil do coração.

Produção da 18F-FDG

A18F-FDG usada na Unidade de Imagem Funcional do CTMM é produzida no Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear (CDTN) localizado no Campus da Universidade Federal de Minas Gerias, na Pampulha.

O flúor-18 é produzido pela irradiação de pequenas quantidades de água contendo oxigênio-18 por um feixe de prótons de 10 a 18 MeV em um aparelho chamado cíclotron. O flúor-18 é transportado por uma tubulação própria para o módulo de síntese, um sistema automatizado que liga o flúor-18 ao FDG. O radiofármaco resultante é acondicionado em um frasco estéril e colocado em um recipiente de chumbo para proteção radiológica.

Quais as vantagens do CTMM?

O CTMM está equipado com o equipamento de PET/CT da GE – Discovery 690. O PET conta com tecnologia de ponta para detecção dos fótons de pósitron, acelerando a obtenção da imagem e reduzindo significativamente o tempo de exame dos pacientes com excelente qualidade de imagem. Essa tecnologia reduz significativamente a dose de radiação aos pacientes avaliados, pois menores doses de 18F-FDG podem ser utilizadas nos estudos de imagem molecular com o PET/CT.

Além disso, a tomografia cmputadorizada do equipamento possui 64 canais (CT “multislice”), associado a protocolos de reconstrução de vanguarda que reduzem significativamente a quantidade de radiação utilizada nos pacientes, com excelente qualidade de imagem para os exames dedicados de tomografia computadorizada (ex. Colonoscopia virtual, TC das coronárias, angiografias).

Somando-se aos fatores tecnológicos descritos acima, o CTMM constitui-se em um centro de excelência em pesquisa na área de imagem molecular, com profissionais extremamente qualificados, de renome nacional e internacional, com elevado índice de produção científica (através de publicações científicas, produção de patentes de radiofármacos e transferência de tecnologia), aprimorada capacitação profissional nas mais diversas áreas de atuação (medicina, farmácia, biologia, química, biomedicina, engenharia, informática, física). Dessa forma, todas essas vantagens podem ser agregadas e direcionadas ao melhor atendimento assistencial dos pacientes.

Os nossos serviços

Nosso trabalho inclui pesquisas e exames nos vários campos; incluindo oncologia, cardiologia, psiquiatria e neurologia, utilizando PET/CT.

Os médicos do CTMM estão à disposição para discutir casos individuais, sempre que necessário. Nosso esforço é para termos laudos disponíveis no menor tempo possível. Se houver maior urgência, os resultados podem ser discutidos no mesmo dia com o médico solicitante. Os relatórios incluem conjunto integral de imagens em mídia eletrônica, que podem ser visualizados em qualquer computador moderno.

Todos os médicos que encaminham pacientes para o CTMM podem falar diretamente com nossa equipe, que se encontra à disposição para aconselhamentos e informações sobre o exame e ao paciente em todas as fases do processo de imagem

Coberturas

No presente momento o SUS inclui no rol de procedimentos o PET para câncer de pulmão de células não pequenas potencialmente ressecável; para a detecção de metástase(s) exclusivamente hepática(s) e potencialmente ressecável(eis) de câncer color retal; e para o estadiamento e avaliação da resposta ao tratamento de linfomas de Hodgkin e não Hodgkin e a Agência Nacional de Saúde (ANS) para câncer pulmonar de células não pequenas, nos linfomas Hodgkin e não-Hodgkin, câncer colo-retal, câncer de mama metastático, câncer de cabeça e pescoço, pacientes portadores de melanoma, câncer de esofago “localmente avancado” para a deteccão de metástase à distancia e para pacientes portadores de Tumores Neuroendócrinos. Esses são os exames realizados. A padronização e avaliação de novas tecnologias segue protocolo próprio de comitê de ética e normatização pela ANVISA.