PET/CT

O aparelho de PET/CT é formado pelo PET (Tomografia por Emissão de Pósitrons) acoplado a uma CT (Tomografia Computadorizada). Diferente de uma radiografia ou tomografia, cujo objetivo principal é visualizar a estrutura do corpo e assim identificar lesões; o PET é um exame funcional, isso quer dizer, ele tem o objetivo principal de identificar o funcionamento do corpo em nível molecular. A CT acoplada ao PET é utilizada para facilitar a localização dos achados evidenciados pelo PET.

Para que isso seja possível, são necessárias duas coisas:
a) substâncias marcadas que serão processadas pelo corpo e dessa maneira permitem avaliar seu funcionamento;
b) um aparelho que possa visualizar essas substâncias e a sua distribuição pelo corpo.

Isso pode ser feito através da marcação das substâncias com um isótopo radioativo, formando os radiofármacos. Esses radiofármacos são injetados no paciente e, após determinado tempo para distribuição no corpo, um aparelho (PET) consegue detectar a radiação liberada pelo radiofármaco e mostrar de onde vem essa radiação no corpo. Em outras palavras, o aparelho mostra como o radiofármaco se distribui no corpo.

O nome “Tomografia por Emissão de Pósitrons” se deve ao fato dos isótopos radioativos utilizados na marcação das substâncias emitirem partículas chamadas pósitrons. Essas partículas reagem rapidamente com outras presentes no corpo emitindo a radiação que é detectada pelo aparelho.

Produção de radiofármacos

Existem vários radiofármacos disponíveis para exames de PET/CT, mas o mais usado é a Fluordesoxiglicose marcada com flúor 18 – abreviada como 18F-FDG. Essa substância é produzida por um processo complexo de radiofarmácia.

Tudo começa em um aparelho chamado cíclotron onde ocorre a irradiação de água pesada contendo oxigênio-18 gerando o flúor-18. Em seguida, o flúor-18 é ligado ao fármaco (ou substância), no caso a fluordesoxiglicose, e esta é introduzida em um frasco estéril, que por sua vez é colocado dentro de um recipiente de chumbo para proteger da radiação. Todo processo é automatizado.

A Unidade de Imagem Funcional do CTMM adquire o 18F-FDG do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear (CDTN), localizado no Campus da Universidade Federal de Minas Gerias, na Pampulha. Os frascos de 18F-FDG são transportados por carro autorizado para transporte de material radioativo e por um motorista treinado.